Goiânia — O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) está no centro de uma polêmica nacional. Uma inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) identificou 488 declarações de parentesco entre servidores comissionados, levantando suspeitas de nepotismo cruzado — prática em que autoridades trocam favores nomeando parentes em gabinetes diferentes.

O caso ganhou ainda mais peso após o Supremo Tribunal Federal (STF) devolver uma ação disciplinar ao próprio TJGO, apontando que muitos magistrados poderiam estar impedidos de julgar por conflito de interesse.

O que é nepotismo cruzado — e por que ele é grave

Enquanto o nepotismo direto é quando uma autoridade nomeia seu próprio parente, o nepotismo cruzado é mais sofisticado: envolve trocas entre diferentes autoridades, criando redes de favorecimento quase invisíveis.

Embora pareça “legalmente neutro”, essa prática fere princípios constitucionais, como moralidade, impessoalidade e isonomia.

O caso TJGO: números que chamam atenção

Segundo o relatório, 488 vínculos familiares foram declarados entre servidores. Para críticos, isso indica uma estrutura de poder hereditário dentro do tribunal.

Em resposta, o TJGO afirmou que “a mera declaração de parentesco não caracteriza nepotismo” e que cada nomeação deve ser avaliada caso a caso.

Já no STF, o alerta foi claro: como juízes do próprio TJGO poderiam julgar processos que envolvem colegas e parentes?

Risco à credibilidade da Justiça

Casos assim alimentam a percepção de que tribunais estaduais podem perder a confiança da população quando parecem incapazes de aplicar a lei de forma imparcial.

A mensagem da Suprema Corte é simbólica: nenhuma instituição pode ser fiscal de si mesma quando há indícios tão fortes de conflito de interesses.

Para cidadãos comuns, o efeito é ainda mais cruel: se a alta cúpula está sob suspeita, o que resta para quem busca Justiça nos rincões de Goiás?

⚖️ Informação que protege

Se até o maior tribunal do Estado enfrenta denúncias de nepotismo cruzado, imagine quantas decisões em municípios menores não podem estar contaminadas por laços familiares e políticos.

É aqui que entra a Liga Pela Justiça:

  • Orientação social e jurídica para quem se sente vítima de decisões suspeitas;
  • Apoio sigiloso para investigar irregularidades em tribunais, prefeituras ou câmaras;
  • Recursos para medidas judiciais ou administrativas que resguardem direitos fundamentais.
⚖️ CLIQUE AQUI PARA FALAR COM A LIGA PELA JUSTIÇA

Proteção social e jurídica para quem não aceita ser silenciado por redes de poder.