TJGO anuncia leilão de 1.200 veículos: pechincha de ocasião ou cilada?

Um dos maiores leilões judiciais dos últimos anos foi anunciado pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). São mais de 1.200 veículos apreendidos que irão a leilão, incluindo carros populares, motos, caminhonetes e até caminhões. A lista desperta a atenção de caçadores de oportunidades, mas também levanta dúvidas: será que vale a pena arrematar?

O que está em jogo

Segundo o edital, os bens foram apreendidos em processos criminais, cíveis e execuções de dívida ativa. O leilão será realizado em ambiente online, aberto a qualquer interessado maior de 18 anos. Os valores iniciais costumam ser bem abaixo da tabela de mercado, o que cria a sensação de “pechincha imperdível”.

Mas especialistas alertam: o preço do martelo é só o começo. O comprador ainda terá que arcar com taxa administrativa, comissão do leiloeiro (entre 5% e 10%) e as pendências documentais.

O detalhe que pode virar dor de cabeça

Muitos veículos têm histórico de IPVA atrasado, multas e até bloqueios judiciais. Isso significa que, mesmo após arrematar, o novo dono pode enfrentar um labirinto burocrático antes de conseguir transferir, licenciar e rodar com o bem. Em alguns casos, o carro não pode sequer sair do pátio até a documentação ser resolvida. É aqui que a “pechincha” pode se transformar em cilada.

Quando a solução exige outro caminho

Há situações em que a simples compra no leilão não basta para regularizar. Casos de abandono prolongado, bloqueios complexos ou disputas de posse podem exigir uma medida mais robusta: a ação de usucapião, que consolida a propriedade e garante segurança jurídica.

E não são apenas veículos de leilão: carros antigos, guardados por décadas sem documentação ou transferências regulares, também podem ser regularizados por usucapião. Esse instrumento jurídico muitas vezes é a única saída para transformar um bem “esquecido” em patrimônio legalizado.

⚖️ Informação que protege

👉 Já passou por problemas para regularizar um veículo arrematado, herdado, abandonado ou um carro antigo sem documentação? Situações assim têm solução jurídica — e podem ser mais simples do que parecem.