Corrupção até na herança: esquema no interior de Goiás expõe risco do ITCMD
MP denuncia fraude em imposto de transmissão causa mortis em Acreúna; famílias buscam alternativas para não deixar patrimônio à mercê da burocracia
O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu denúncia contra cinco pessoas acusadas de participar de um esquema de corrupção envolvendo o Imposto de Transmissão Causa Mortis (ITCMD) no município de Acreúna. Segundo a denúncia, os crimes incluem falsa identidade e concussão, numa trama que teria como objetivo fraudar processos sucessórios.
O caso revela uma realidade incômoda: mesmo em momentos delicados de luto, quando famílias enfrentam a dor da perda, o patrimônio deixado por entes queridos pode ser alvo de burocracia, corrupção e insegurança jurídica. Embora o episódio tenha ganhado repercussão local, especialistas alertam que situações semelhantes podem ocorrer em qualquer lugar do Brasil.
Para juristas, o episódio escancara as fragilidades do sistema atual: excesso de etapas em cartórios, fiscalizações pouco eficientes e brechas que permitem que o patrimônio familiar se torne vulnerável justamente na hora da sucessão. Como resultado, herdeiros se veem expostos a riscos, disputas e até prejuízos irreparáveis.
Holding familiar: solução preventiva e legal
Diante desse cenário, cresce a busca por mecanismos de proteção patrimonial. Um dos mais eficazes é a holding familiar, estrutura societária que permite organizar os bens em vida, garantindo previsibilidade, economia tributária e blindagem contra conflitos.
Com a holding, a família evita que seus bens fiquem sujeitos à burocracia cartorial ou ao risco de esquemas de corrupção. Além de simplificar o processo sucessório, essa alternativa permite reduzir custos e assegurar a tranquilidade dos herdeiros.
Não deixe seu patrimônio vulnerável
O caso de Acreúna é um alerta claro: quem não se planeja, pode ter o patrimônio da família em risco. Mas há caminhos seguros, legais e transparentes para proteger o que foi conquistado com tanto esforço.